A PF descobre importação de armas para trafico do RJ: de Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão
De acordo com relatórios policiais, as operações de Peixão incluíam compras de drones, fuzis e até granadas. O que torna esse esquema ainda mais impressionante é a forma como os armamentos eram enviados ao Brasil
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Irani Beatriz
3/24/20252 min read


A criminalidade organizada no Brasil tem evoluído de maneiras alarmantes, especialmente no que diz respeito ao tráfico de armas. Entre as figuras mais proeminentes desse cenário está Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, um dos chefes do Terceiro Comando Puro (TCP). Peixão ficou notório por montar um sofisticado esquema de importação de armamento pesado com o objetivo de abastecer as favelas sob sua influência na zona norte do Rio de Janeiro.
De acordo com relatórios policiais, as operações de Peixão incluíam compras de drones, fuzis e até granadas. O que torna esse esquema ainda mais impressionante é a forma como os armamentos eram enviados ao Brasil. Utilizando empresas de transporte e até mesmo os correios, Peixão conseguiu estabelecer uma rede que lhe permitiu importar armamentos de um modo que imitava práticas comerciais legais.
Áudios adquiridos pela Polícia Federal revelam as intrincadas negociações entre Peixão e fornecedores internacionais de equipamentos bélicos. Os documentos mostraram que ele estava em busca de drones e equipamentos anti-drone, evidenciando uma moderna adaptação às táticas que os grupos criminosos precisam adotar para se manter no controle das áreas que dominam. Os investigadores relataram que Peixão não apenas se considerava um líder no tráfico de armas, mas também afirmava ser dono de um pedaço do complexo de Israel, onde vivem aproximadamente 140 mil pessoas.Essa postura de domínio territorial realça a gravidade do problema que o tráfico de armas representa para a segurança pública no Brasil. Ao assegurar um fluxo constante de armamento pesado, figuras como Peixão não apenas alimentam a violência, mas também consolidam seu poder em comunidades vulneráveis.
O traficante Peixão está associado a Everson Vieira Francesquet, um indivíduo que, em comunicações com fornecedores, é referido como 'Deus,' Everson, também identificado como armeiro da facção, desempenhava um papel crucial na coordenação das importações de armamentos. A polícia descobriu que ele estava por trás da logística de envio de armamentos para a organização criminosa, utilizando transportadoras locais para suas operações. Um caso emblemático aconteceu quando ele foi detido ao tentar retirar um fuzil anti-drone que estava descrito como 'brinquedo eletrônico' em uma encomenda dos Correios destinada a Nova Iguaçu.
A análise feita pela Polícia Federal destaca que a facção criminosa, da qual Peixão faz parte, estava adquirindo fuzis do Paraguai, com preços que variavam entre R$ 7.500 e R$ 15.000. Este tipo de transação não apenas ilustra a escalabilidade das operações de tráfico de armas, mas também a crescente sofisticação dos métodos usados para evadir as autoridades.
Everson foi preso novamente recentemente ao se apresentar à justiça, destacando o envolvimento contínuo dele e suas tentativas de se furtar da prisão. Enquanto isso, Peixão permanece foragido, e as autoridades civis já empreenderam diversas operações com o intuito de localizá-lo, procurando interromper suas atividades e desmantelar sua rede de conexão com o tráfico de armas
O envolvimento de lideranças do tráfico como Peixão nas operações armamentistas tem um impacto devastador nas comunidades que controlam. A introdução de tecnologia avançada, como drones, não apenas facilita atividades criminosas, mas também coloca em risco a vida de civis inocentes. As forças de segurança, por sua vez, enfrentam grandes desafios para combater esse tipo de crime, que se beneficia da desinformação e da corrupção dentro das estruturas institucionais.
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