A PGR denuncia ex-presidente Jair Bolsonaro e Outros Envolvidos na Tentativa de Golpe
A denúncia inclui uma série de crimes graves que refletem a seriedade das acusações. Entre eles está a liderança de uma organização criminosa armada, que, segundo a PGR, buscou a abolição violenta do estado democrático de direito.
NOTICIASPOLÍTICA
Irani Beatriz
2/19/20255 min read


A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia significativa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, alegando sua liderança em uma suposta organização criminosa armada que tentou perpetrar um golpe de estado em 2022. A denúncia não se limita apenas a Bolsonaro, mas também inclui outras figuras proeminentes como o ex-ministro e ex-vice-presidente da chapa bolsonarista, General Braga Netto, e o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.
A denúncia inclui uma série de crimes graves que refletem a seriedade das acusações. Entre eles está a liderança de uma organização criminosa armada, que, segundo a PGR, buscou a abolição violenta do estado democrático de direito. Além disso, também foram citados no processo o golpe de estado e o dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público.
A denúncia da PGR tem implicações profundas para o cenário político do Brasil. A caracterização de Jair Bolsonaro como líder de uma organização criminosa pode afetar sua imagem e legado, além de influenciar o ambiente político do país. A acusação gera um debate importante sobre a responsabilidade dos líderes diante da lei e o papel das instituições na proteção da democracia. A resposta da sociedade civil e dos demais órgãos do governo será fundamental para determinar os próximos passos nesse processo.
A denúncia aponta, entre outras coisas, que Bolsonaro teria conhecimento de um plano para matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin(PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes, tido como um dos principais adversários políticos do núcleo bolsonarista.
Se o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar a denúncia apresentada pela PGR, Bolsonaro se tornará réu e enfrentará um processo penal. Tal acontecimento, sem dúvida, marcará uma nova fase na política brasileira, onde a responsabilidade e a accountability podem estar em jogo. Além de Bolsonaro, outros indivíduos de sua administração, incluindo o ex-ministro e ex-vice-presidente Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, também foram denunciados, somando um total de 34 envolvidos nesse caso que promete ser um marco na história do país.
As revelações mais alarmantes incluem alegações de que Bolsonaro tinha conhecimento de um plano para assassinar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que, segundo a denúncia assinada pelo procurador-geral da república, Paulo Gonet, ele concordou com esse plano. A gravidade dessas acusações, se comprovadas, não só comprometerá a reputação de Bolsonaro, mas também pode abalar a fundamentação da própria democracia brasileira, uma vez que envolvem questões de violência política.
Este momento exige uma reflexão profunda sobre os limites do poder, os processos democráticos e a ética na política. À medida que o caso avança, todos os olhos estarão voltados para o STF, que terá que decidir se as evidências apresentadas são suficientes para iniciar um julgamento criminal. O resultado poderá definir não apenas o futuro político de Bolsonaro, mas também um precedente significativo para a conduta de futuros líderes e a proteção da democracia.
A Procuradoria Geral da República (PGR) destaca que há provas que indicam a participação ativa de Bolsonaro na criação do texto do decreto golpista. Em uma reunião realizada no dia 14 de dezembro de 2022, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira apresentou uma nova versão do decreto, já alterada com os ajustes feitos pelo ex-presidente. Essa reunião, conforme apurado, teve como objetivo pressionar os líderes militares a garantirem apoio a um plano que parecia ameaçar a ordem institucional vigente.
A tentativa de implementar o decreto do golpe e assegurar a adesão dos militares é, sem dúvida, um movimento que gera repercussões profundas na política brasileira. A natureza desse documento, que previa a decretação de estado de emergência, não apenas compromete a estabilidade das forças armadas, mas também suscita um alerta sobre a possibilidade de uma ruptura institucional.
O quadro se torna ainda mais complexo considerando o papel das instituições democráticas, que devem agir prontamente para inibir qualquer tentativa de desmantelar a estrutura de governo. A investigação em curso pelo STF é um passo importante para garantir que a verdade sobre a elaboração e os objetivos do decreto do golpe sejam esclarecidos.
Os denunciados por tentativa de golpe de Estado estão:
Alexandre Rodrigues Ramagem PL- RJ deputado federal ex- diretor da Abin
Pelos Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.
Almir Garnier Santos, ex comandante da Marina
Pelos Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.
Anderson Gustavo Torres, ex-ministro da Justiça
Pelos crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.
Ex- ministro do gabinete de segurança Institucional Augusto Heleno Ribeiro Pereira
Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.
Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República
Pelos Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.
Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Pelos Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Pelos Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.
Walter Sousa Braga Netto, ex-ministro da Defesa, ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro e general
Pelos Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.
E também:
Ailton Gonçalves Moraes Barros
Angelo Martins Denicoli
Bernardo Romão Correa Netto
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
Cleverson Ney Magalhães
Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
Fabrício Moreira de Bastos
Filipe Garcia Martins Pereira
Fernando de Sousa Oliveira
Giancarlo Gomes Rodrigues
Guilherme Marques de Almeida
Hélio Ferreira Lima
Marcelo Araújo Ormevet
Marcelo Costa Câmara
Márcio Nunes de Resende Júnior
Mario Fernandes
Marília Ferreira de Alencar
Nilton Diniz Rodrigues
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
Rafael Martins de Oliveira
Reginaldo Vieira de Abreu
Rodrigo Bezerra de Azevedo
Ronald Ferreira de Araujo Junior
Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros
Silvinei Vasques
Wladimir Matos Soares
Relatório da PF
A PGR se baseou no relatório da Polícia Federal que, em novembro do ano passado, concluiu pelo indiciamento do ex- presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas ,
O general Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022;
O tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro e delator;
General Augusto Heleno o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno;
Alexandre Ramagem policial federal e hoje deputado , ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin); e
Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), legenda do Jair Messias Bolsonaro.
Em dezembro a PF fez um relatório indiciando outras três pessoas fazendo com que o numero de indiciados na investigação chegasse a 40.
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