Ativismo em Paris: O Roubo da Estátua de Cera de Emmanuel Macron

Na última segunda-feira, 2 Paris foi palco de um ato de ativismo sem precedentes. O Greenpeace, um dos grupos de defesa ambiental mais conhecidos do mundo, executou uma ação ousada ao roubar a estátua de cera do presidente francês, Emmanuel Macron, localizada no popular Museu Grévin.

Os ativistas levaram a sorridente estátua de cera de Macron como parte de uma manifestação contra as exportações de gás e fertilizantes da Rússia, especialmente em um momento em que a Ucrânia enfrenta uma grave crise. Ao transportarem a estátua até a embaixada da Rússia em Paris, os ativistas deixaram um cartaz com a frase "A Ucrânia se queima, o negócio continua", sublinhando a crítica ao governo francês e suas relações comerciais com o regime russo.

Os detalhes da execução do protesto são tão fascinantes quanto o seu objetivo. Dois homens e uma mulher, disfarçados de turistas, conseguiram sair do museu com a estátua avaliada em 40 mil euros. Para isso, trocaram de roupa para parecerem com funcionários, utilizando uma saída de emergência para fugir com a peça.

Além de ser uma crítica direta ao governo francês, essa ação do Greenpeace chama atenção para o papel das artes e da cultura no ativismo ambiental. A escolha de uma figura pública como Emmanuel Macron como alvo simbólico ilustra como a arte pode ser usada para comunicar mensagens poderosas e urgentes sobre questões globais.
"Macron encarna esse discurso duplo: apoia a Ucrânia, mas estimula as empresas francesas a seguir comercializando com a Rússia", declarou Jean-François Julliard, diretor-geral do Greenpeace França.
Questionado sobre o roubo, o diretor do Greenpeace França disse que ela foi "emprestada sem permissão".