Bolsonaro deu a ordem para monitorar Alexandre de Moraes
Cid, durante depoimento prestado à Polícia Federal em março do ano passado, relatou que foi realmente Bolsonaro quem ordenou o acompanhamento da posição e localização do ministro Moraes
POLÍTICA
Irani Beatriz
2/19/20251 min read


O tenente-coronel Mauro Cid, por meio de sua delação premiada, revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria solicitado a militares o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do STF, em dezembro de 2022. Esta revelação não apenas levanta questões sobre a abordagem do governo Bolsonaro em relação à Justiça, mas também gera um intenso debate sobre a ética e a transparência no exercício do poder.
Cid, durante depoimento prestado à Polícia Federal em março do ano passado, relatou que foi realmente Bolsonaro quem ordenou o acompanhamento da posição e localização do ministro Moraes. O uso de militares para monitorar um membro do Poder Judiciário é uma ação extremamente controversa e suscita preocupações sobre possíveis abusos de poder. A alegação de que houve uma organização do governo para vigiar um ministro de Estado revela um grave desvio das funções que as Forças Armadas devem exercer.
Essas afirmações surgiram em um momento crítico, quando a Procuradoria Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra Bolsonaro e 33 outras pessoas. O órgão ressaltou a declaração de Cid que atribui a origem da ordem diretamente ao ex-presidente.
O monitoramento de um ministro por um ex-presidente, mesmo que por meio de militares, pode ser interpretado como uma manobra perigosa e uma tentativa de calar vozes críticas. O ex-presidente Bolsonaro, ao pedir essa vigilância, não apenas colocou em questão a autonomia do Poder Judiciário, mas também estimulou uma cultura de desconfiança e confronto direto entre as instituições.
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