Como a Desidratação no Calor Afeta Crianças e Idosos

Durante os meses quentes, a desidratação se torna uma preocupação crescente, especialmente para crianças e idosos. Embora a maioria dos adultos saudáveis, com um nível normal de consciência, possa não sentir tanto impacto, as pessoas em faixas etárias mais vulneráveis correm um risco maior. Em situações de calor extremo, é essencial entender como a desidratação pode afetar o corpo e como usar a urina como um indicador da nossa hidratação.

Os médicos apontam que a urina é um dos principais 'termômetros' para avaliar a ingestão de água. Uma urina clara e límpida geralmente indica que as pessoas estão bem hidratadas, enquanto a urina escura pode sugerir a necessidade de aumentar a ingestão de líquidos. Além disso, se uma pessoa está demorando mais do que o normal para sentir vontade de urinar, isso também pode ser um sinal de que é hora de beber mais água. É uma forma prática e eficiente de verificar como o corpo está lidando com as demandas de hidratação, especialmente em dias quentes.

Crianças, especialmente bebês, são particularmente vulneráveis à desidratação, pois podem não expressar a sede de maneira clara. Elas estão sempre brincando e se movimentando, o que pode fazer com que se esqueçam de beber água. Por isso, é vital que adultos responsáveis fiquem atentos a sinais de desidratação, como boca seca, irritabilidade, ou diminuição da atividade.

Os idosos também enfrentam desafios semelhantes. Com o avançar da idade, nossa sensação de sede tende a diminuir, o que torna mais difícil identificar a necessidade de líquidos. Isso aumenta o risco de desidratação, pois eles podem não perceber que precisam de água. Para esse grupo, a supervisão constante do consumo de líquidos e a promoção de hábitos de hidratação são essenciais.

Além da urina, também é importante observar outros sinais de desidratação, como fadiga, tontura, e dor de cabeça. Adotar uma rotina que priorize a ingestão regular de água, especialmente em dias quentes, é crucial para todos, mas particularmente para as crianças e os idosos.
Por mais que a situação de desidratação possa parecer assustadora, especialistas afirmam que é raro que um adulto saudável, sem o uso de medicamentos como antidiuréticos ou reguladores de pressão arterial, chegue a um estado crítico de desidratação. Segundo Carlos Eduardo Pompilio, médico do Hospital das Clínicas de São Paulo, 'é algo clinicamente pouco relevante'. Isso se deve ao fato de que, na maioria dos casos, quando um adulto está em situação normal, ele sentirá sede, beberá água e resolverá a questão da hidratação.