Homem foi preso no interior de (SP)por armazenar conteúdo de abuso sexual infantil participava de grupo neonazista

A Polícia Civil de São Paulo realizou uma operação em Campinas que resultou na prisão de um homem de 20 anos, conhecido por sua participação em um grupo neonazista. A investigação, que se estende até Minas Gerais, expôs a gravidade das ações do detido, que armazenava conteúdo de abuso sexual infantil em dispositivos móveis. Essa operação é um reflexo do compromisso das autoridades em combater o extremismo e a exploração online, especialmente no que diz respeito a menores.

A Delegacia de Investigação Criminal (DIC) cumpriu um mandado de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito. Durante a operação, diversos itens foram apreendidos, incluindo computadores, livros, roupas e objetos que exibiam símbolos associados ao nazismo, à violência contra minorias e ao separatismo. Os celulares do investigado revelaram a posse de imagens com símbolos supremacistas e evidências de abuso sexual infantojuvenil, evidenciando a gravidade das ofensas a que estava associado.

Segundo Marcelo Fehr, investigador da DIC, o fato de uma pessoa possuir esse tipo de material, mesmo que não o compartilhe, ainda configura crime.
"Em relação ao material pornográfico infantojuvenil, não há indícios por hora de que ele compartilhava esse material com terceiros. Em relação ao material de divulgação do nazismo e neonazismo, diversos grupos do qual ele fazia parte foram encontrados no seu aparelho celular, dando a entender que ele realmente divulgava amplamente esse conteúdo", informa Luís Fernando Dias, delegado da DIG que também participou da ação.
O homem foi preso em flagrante e o material apreendido vai passar por perícia. Segundo Dias, a partir da perícia será possível saber a dimensão da ação do suspeito.

"A perícia que vai ser realizada nesses eletrônicos vai trazer para nós um panorama da extensão, de quantas pessoas ele potencialmente atingia se ficava só aqui regionalmente. Daí enseja o prosseguimento da investigação, identificando eventuais membros dessa organização criminosa", explica o delegado.