Morre Sebastião Salgado ícone da fotografia aos 81 anos

Sebastião Salgado, um dos fotógrafos mais influentes do mundo, faleceu aos 81 anos, conforme confirmado pelo Instituto Terra, uma ONG que ele mesmo fundou. Sua morte marca o fim de uma era na fotografia, mas também a continuidade de seu legado impressionante. Salgado dedicou sua vida à captura da essência humana e à revelação das belezas naturais do planeta, suscetíveis a sérios riscos devido à ação humana.

Dentre suas contribuições, destaca-se a mensagem de que a restauração ambiental deve ser encarada como um ato de amor pela humanidade. Ao longo de sua carreira, Sebastião Salgado utilizou sua lente para mostrar não apenas a fragilidade da Terra, mas também as maravilhas que dela emanam. Em colaboração com sua companheira, Lélia Deluiz Wanick Salgado, ele semeou esperança em lugares devastados, promovendo a conscientização sobre as questões ambientais e inspirando ações de preservação.
Ele era formado em Economia, mas descobriu a fotografia em 1973. Desde então, nunca mais deixou essa paixão. Em 1998, ao lado da esposa Leila, fundou o Instituto Terra, em sua luta pelo reflorestamento da Mata Atlântica brasileira e do planeta em geral.

No entanto, mesmo como um mestre da fotografia, Salgado enfrentou desafios significativos. Em 2024, ele anunciou sua aposentadoria do trabalho de campo devido a um distúrbio sanguíneo resultante de uma malária contraída na Indonésia. Essa condição não tratada a tempo impactou seu corpo, limitando suas capacidades em ambientes extremos. Apesar desse triste desfecho, seu trabalho continuará a ressoar nas novas gerações, lembrando a todos a importância de observar o mundo com compaixão e um olhar crítico.

Serra Pelada, no coração da Floresta Amazônica, no leste do Pará, ficou conhecida como o maior garimpo a céu aberto do mundo. “Eu nunca vi nada parecido. Vi passar diante de mim, em frações de segundo, a história do humano, da humanidade, a Torre de Babel”, afirmou Salgado. A série de fotos o tornou um fotógrafo consagrado.