Presidente do Paraguai acusa o Brasil de espionagem: Velhas Feridas do Passado
Segundo um funcionário da ABIN, a agência brasileira de inteligência teria invadido os sistemas do governo paraguaio com o intuito de obter informações sensíveis relacionadas às negociações em curso sobre a usina de Itaipu
POLÍTICA
Irani Beatriz
4/4/20251 min read


No dia 3 , o Ministério Público do Paraguai instaurou um processo criminal em resposta a alegações de espionagem digital perpetrada pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Este evento reacendeu tensões históricas entre os dois países, trazendo à tona questões sensíveis que datam da Guerra da Tríplice Aliança, que ocorreu no século 19. O presidente do Paraguai, Santiago Peña, expressou que a situação reabre 'velhas feridas' que ainda permanecem latentes entre o Paraguai e o Brasil.
Segundo um funcionário da ABIN, a agência brasileira de inteligência teria invadido os sistemas do governo paraguaio com o intuito de obter informações sensíveis relacionadas às negociações em curso sobre a usina de Itaipu. A operação, se confirmada, representa não apenas uma violação de soberania, mas também uma agressão que compromete a confiança entre as autoridades de ambos os países. O Paraguai, por sua vez, já convocou o embaixador brasileiro em Assunção, José Antônio Marcondes, para expressar sua indignação e exigir esclarecimentos sobre as ações da ABIN.
"É uma noticia bastante desagradável você sabe o Paraguai tem uma historia bastante dura na região, certo?" afirmou Peña a radio Mitre, referindo-se a Guerra do Paraguai (1864 - 1870)
A espionagem não é um ato isolado, mas uma prática que pode desestabilizar relações diplomáticas que foram construídas ao longo de décadas. A tensão gerada por este incidente pode obrigar ambos os países a reavaliar suas políticas de segurança e cooperação.
O servidor disse que o ataque começou ainda no governo Jair Bolsonaro, mas que continuou durante o governo Lula, com autorização expressa do atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa, e do diretor interino Saulo de Cunha Moura, que ocupou o cargo em maio de 2023.
Em nota, o governo Lula disse que interrompeu a ação assim que ficou sabendo dela, em março de 2023.
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