Recursos da Lei Paulo Gustavo incentivam a abertura de cinemas no país
Neste sábado, por exemplo, uma aldeia indígena na região metropolitana de Manaus vai inaugurar uma sala de exibição, que teve financiamento de R$ 100 mil
Irani Beatriz
2/1/20252 min read


Localizado na região metropolitana de Manaus, o Cine Aldeia foi financiado com recursos da Lei Paulo Gustavo e será inaugurado neste sábado
Neste sábado (1), o Estado do Amazonas ganha sua primeira sala de cinema dentro de uma comunidade indígena.
Ela vai funcionar na aldeia Inhaã-bé, no Tarumã-Açu, região metropolitana de Manaus. O “Cine Aldeia” é uma das primeiras salas de cinema de aldeias indígenas no país e a primeira na Região Norte.
A inauguração acontece a partir das 17h e contará com a exibição de oito curtas-metragens e do lançamento do documentário Traços da Resistência, que narra a importância do centenário grafismo das pinturas indígenas. A obra é dirigida por Thaís Kokama, idealizadora do projeto “Cine Aldeia”.
Dos títulos selecionados, entre documentário e ficção, quatro foram realizados por pessoas indígenas e quatro por pessoas da região Norte e abordam temas relacionados à cultura indígena, ao meio ambiente, ancestralidade, e à cultura amazônica.
O Cine Aldeia é um dos projetos selecionados pelo Concurso Prêmio Manaus Identidade Cultural – Audiovisual por meio da Lei Paulo Gustavo – e tem o objetivo de promover a inclusão cultural e fortalecer a identidade dos povos originários por meio do audiovisual.
O Ministério da Cultura investiu R$ 3,9 bilhões na Lei Paulo Gustavo em 2023. O Cine Aldeia em Manaus é pioneiro em aldeias indígenas, com capacidade para 200 pessoas. O Cine Sibasolly em Anápolis é a primeira sala pública de cinema da cidade, com 55 lugares. O projeto RodaCine retorna ao Rio Grande do Sul após dez anos, exibindo produções locais. A iniciativa visa democratizar o acesso à cultura e valorizar a produção audiovisual regional.
No ano passado, R$ 3,9 bilhões foram destinados pelo Ministério da Cultura a estados e municípios através da Lei Paulo Gustavo (LPG), com parte dos recursos investidos na abertura de cinemas em diversas regiões do Brasil. Um exemplo é a inauguração do Cine Aldeia, neste sábado, na Aldeia Inhaã-bé, em Manaus, que recebeu R$ 100.000 para sua construção. Esta sala é uma das primeiras em aldeias indígenas e terá capacidade para 200 pessoas, exibindo produções audiovisuais, incluindo a transmissão ao vivo da entrega do Oscar, onde o filme brasileiro Ainda Estou Aqui está indicado.
Em Anápolis (GO), o Cine Sibasolly foi inaugurado em abril do ano passado, transformando um antigo prédio público na primeira sala de cinema da cidade. Com R$ 121.000 da LPG, o espaço foi adaptado para 55 lugares e oferece sessões gratuitas às terças-feiras, com programação variada. O cinema também colabora com a universidade local, permitindo exibições para alunos de escolas públicas.
No Rio Grande do Sul, o projeto RodaCine retornou após dez anos, com sua reestreia em Jaguarão. A iniciativa, viabilizada por R$ 300.000 da LPG e Netflix Brasil, prevê exibições em várias cidades do estado, incluindo São Lourenço do Sul e Pelotas. O projeto exibirá curtas e longas-metragens gaúchos, com sessões mediadas por realizadores e agentes culturais, alcançando 20 municípios ao longo do ano.
Essas iniciativas demonstram o impacto positivo da Lei Paulo Gustavo na promoção da cultura e do cinema em regiões diversas do Brasil, ampliando o acesso à produção audiovisual e incentivando a participação da comunidade local.
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